sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sonho que se sonha só, é só um sonho...

Os sonhos são, desde os primórdios, desde que o homem consegue se comunicar, um dos grandes mistérios da humanidade. Seriam recados místicos? Formas de punição? Premonição do futuro? Sinal divino? Realização de desejos reprimidos sob outras formas socialmente aceitáveis, como propôs Freud?

Acho que os sonhos são uma forma de nos mantermos conectados ao mundo mesmo quando temos que descansar e recarregar as energias. São uma mistura de coisas que queríamos que acontecessem, coisas que tememos acontecer, coisas que já nos aconteceram ou que queríamos dar outro desfecho.

Na verdade, quando sonhamos podemos ser quem quisermos, como quisermos, fazer coisas que acordados não conseguimos fazer.

Tem sonhos que são tão reais que sentimos cheiros, toques, gostos, sonhos que ludibriam nossos próprios sentidos. E quando acordamos fica aquela sensação de que não foi um sonho, de querer dormir novamente.

Os sonhos são uma continuidade da nossa vida, uma outra realidade, uma outra forma de sentir, governada por outras regras que não conseguimos entender.

E acaba que ao despertar buscamos nos agarrar desesperadamente ao travesseiro, para sonhar, para sentir e talvez, quem sabe, amar.

Os sonhos ás vezes nos mostram coisas de nós que ignorávamos, ou fingíamos não enxergar.

Quando despertar de um sonho tão bom que você sinta que foi retirado do paraíso, não se aborreça ou queira quebrar o despertador, há sempre uma outra chance de sonhar, outras noites virão.

Pena que não é assim na realidade dos olhos abertos. Uma oportunidade perdida pode significar que algo sairá de nosso alcance e se tornará apenas acessível em sonhos.

Devemos sonhar não só de olhos fechados, mas de olhos abertos também, pois podemos concretizar nossos sonhos, sonhando com o coração, mas sem tirar os pés do chão.


2 comentários:

  1. Ah os sonhos, como somos felizes sonhando ou não. Nos sonhos somos fortes, bonitas, temos tudo que desejamos. Quem dera a vida fosse um sonho.

    ResponderExcluir
  2. Parabéns pelo belíssimo texto Lyris. Pura sensibilidade, uma das mais raras características humanas! Bjos

    ResponderExcluir